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EDM acumula prejuízo acima de dez milhões de meticais

Por admin

Dezassete milhões de meticais é quanto a Electricidade de Moçambique (EDM) acumulou em prejuízo resultante do roubo e vandalização do equipamento eléctrico. No ano passado, a empresa esteve pior: rombo de 125 milhões de meticais!

Em declarações ao domingo, Alberto Banze, porta-voz da EDM, revelou que a região sul do país destaca-se, no ano em curso, como a que maior ocorrência de roubos registou, com um prejuízo avaliado em 8 milhões de meticais.

Seguem-se as zonas norte (prejuízo estimado em 4.500 milhões de meticais) e centro(com um total de 4.400 milhões de meticais).

O porta-voz da EDM referiu que estes dados retratam acentuado declínio de danos verificados nos equipamentos da empresa, pois no ano passado (2012), a zona norte registou maior ocorrência de roubos e vandalizações, acumulando um prejuízo avaliado em 45 milhões de meticais. Em igual período, a região centro registou prejuízo de 38 milhões de meticais e a sul teve “saldo” de 22 milhões de meticais.

O nosso entrevistado afirmou que a redução significativa da vandalização e roubo de equipamentos da empresa do ano passado deveu-se a trabalhos de monitoria/vigilância realizadas com diferentes entidades nacionais e estrangeiras.

“Estamos a trabalhar em parceria com a Polícia, as Alfândegas, as redes de telefonia móvel e outras instituições. Neste contexto, apreendemos na fronteira um camião que se deslocava à África do Sul com nossos cabos eléctricos ”,disse Banze, acrescentando que a EDM trabalha em parceria com empresas de fornecimento da corrente eléctrica de diferentes países como África do Sul, a Zâmbia, Zimbabwe, Malawi e Congo, pois sofrem igualmente vandalizações e roubos.

Os materiais mais

visados pelos meliantes

Alberto Banze disse que as cantoneiras nas linhas de alta tensão constituem o material mais procurado pelos malfeitores devido a sua composição em alumínio. Figuram, em segundo plano, os transformadores no “negócio” de cobre.

Os postes de betão não escapam aos olhosdos vândalos, sistematicamente derrubados para o roubo dos cabos de alumínio e cobre.

Parte considerável dos materiais roubados, sobretudo alumínio e cobre, são vendidos a empresas de sucatas que por sua vez revendem para fundição e fabrico de objectos.

“Tivemos um caso recente na província da Zambézia, em Quelimane, onde cantoneiras nossas foram encontradas numa pequena empresa de sucatas”, afirmou o porta-voz da EDM.

A Administração da EDM salienta que estes roubos constituem retrocesso no processo de expansão dos seus serviços, pois “a empresa tem que repor todo o material roubado e danificado para garantir o fornecimento de energia”.

De acordo com a EDM, com os 125 milhões de meticais de prejuízo acumulado no ano passado, a empresa poderia ter ligado corrente elétrica para mais cem mil novos clientes.

 

Luísa Jorge

Fotos de Inácio Pereira

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