O Governo inscreveu na proposta de orçamento para 2014 cerca de 152 milhões de meticais para operacionalização do Plano Operativo de Emergência, o que corresponde a um incremento orçamental de cerca de 27 por cento em relação aos anos anteriores.
Estes fundos, segundo o Executivo, irão aumentar os materiais e equipamentos sob gestão das instituições do Governo, dos parceiros de cooperação e do sector privado nas acções de emergência.
A Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, explicou que face às previsões hidro-meteorológicas, o Plano de Nacional de Contingência avança três cenários, no primeiro são agregados as ameaças relacionadas com a ocorrência de ventos fortes, inundações nas cidades, vilas e outros aglomerados habitacionais, com risco médio de cheias e seca. O Executivo estima que pelo menos 320 mil pessoas estejam em risco no primeiro cenário.
No segundo cenário, combina-se o primeiro com a eventualidade de ocorrência de risco alto de cheias e a probabilidade de ocorrência de ciclones com ventos até 160 quilómetros por hora. Este cenário poderá por em risco cerca de 693 mil pessoas.
O terceiro cenário combina com o segundo e indica a probabilidade de ocorrência de ciclones com ventos superiores a 160 quilómetros por hora e a eventualidade de ocorrência de sismos. Estima-se que cerca de 937 mil pessoas estejam em risco.
As acções identificadas no Plano de Contingência a realizar antes, durante e depois da ocorrência de um desastre, têm em conta os seguintes aspectos: intervenção das comunidades, intervenção de cada nível de gestão de calamidades capitalizando o sistema de coordenação existente a partir do Conselho Coordenador, Conselho Técnico, Centro Operativo de Emergência ao nível nacional, provincial e distrital e finalmente os Comités Locais de gestão de risco.
Em função dos três cenários aqui apresentados e durante a emergência, o Executivo está preparado para activação do nível de alerta, conforme a gravidade da calamidade, operação de busca e socorro, coordenação das acções de acomodação das populações vítimas das calamidades em locais seguros e mobilização de recursos ao nível nacional e internacional.
Para enfrentar a situação, o Governo mobilizou dois mil homens, perto de 100 barcos, 200 locais seguros para abrigo temporário e cerca de 20 mil materiais para abrigo, entre tendas e lonas prontas para serem colocadas em locais estratégicos nas três regiões de Moçambique.