Délcio Soares, o melhor voleibolista moçambicano, foi suspenso da prática da modalidade por 12 meses. A decisão do Conselho Jurisdicional da FMV surge na sequência de uma greve protagonizada pelo atleta e ainda uma acusação de incitamento a greve.
Segundo consta, os atletas da Selecção Nacional sénior de Voleibol entraram em greve depois de verem goradas as suas exigências, junto da respectiva Federação, de melhores condições de trabalho e melhor premiação.
Foi devido a essa greve que a Selecção Nacional não se fez presente no Botswana onde devia disputar a qualificação para a fase africana de apuramento para o Campeonato do Mundo de Voleibol. Os atletas exigiam no mínimo 17 mil meticais cada um para sua participação na qualificação zonal. Desse valor, oito mil seriam de subsídio e cinco de mil de qualificação, e cerca de quatro mil para obtenção de sapatilhas.
Sobre este tema, o presidente da FMN, Khalid Cassam, disse ao nosso colega desafio que “falamos com a selecção e explicamos que naquele momento não tínhamos condições para satisfazer aquelas exigências.”
Depois do apelo da direcção da FMV, cinco jogadores envolvidos na greve recuaram da sua decisão, menos Délcio Soares, que foi também acusado de ter estimulado os sub-23 (chamados a substituir os seniores), a fazerem greve.
O caso de Délcio Soares foi remetido ao Conselho Jurisdicional da FMV que deliberou sancionar o atleta com doze meses de suspensão, dos quais seis por greve própria e outros seis por ter incitado os mais novos a entrarem também em greve.