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Uma semana sem Alexandria

Por admin

Foram a enterrar, uma semana depois do seu assassinato, na cidade de Maputo, os restos mortais do escultor moçambicano, Alex Simões Ferreira, 34 anos, conhecido no mundo artístico por

 Alexandria.

O artista perdeu a vida no dia 10 do mês em curso, após ter sido espancado por indivíduos que encontravam-se a fazer a patrulha na zona do Quilómetro-16, Posto Administrativo da Matola-Rio, em Boane, por sinal, local onde vivia nos últimos tempos. Segundo ficamos a saber ele foi confundido com um dos integrantes do G-20, famigerado grupo que perpetua actos macabros nos últimos tempos nos municípios de Maputo e Matola.

Durante o velório, as mensagens lidas tanto por familiares como amigos demonstravam indignação e tristeza pelo sucedido. Para a família do malogrado, aquela perda é irreparável por ter acontecido da forma mais brutal possível. Ele era carinhoso e batalhador. Custa-nos aceitar essa perda que só deixa um vazio. Pedimos que se faça justiça pelo sucedido. Os nossos corações estão cheios de dor e da forma como foi tirado do mundo põe-nos muito mais revoltados.

Enquanto isso, para os membros do Núcleo de Arte a morte de Alexandria é inadmissível, dado que ainda tinha muito por dar. Pedimos que a justiça seja feita, da nossa parte faremos de tudo para dar continuidade ao trabalho dele através de exposições com suas obras e outras actividades.

Amigos pedem justiça

Jaime Santos, poeta e amigo de Alexandria, presente no velório, não escondeu sua repulsa pela forma macabra como foi tirada a vida do seu amigo. É muito triste o que aconteceu com Alexandria. Quem irá pagar e reparar essa perda? Quem responderá por aquele acto? Para Jaime santos, os culpados devem ser responsabilizados pela morte do artista. Pedimos castigo… castigo… a todos aqueles que mataram aquele homem que muito abrilhantava as artes moçambicanas, acrescentou.

Um outro amigo de infância do escultor, Inácio Saquene, referiu que Alexandria era mais do que amigo, ele foi um irmão, preocupava-se com todos. É tão difícil aceitar que partiu demasiadamente cedo e da pior maneira. Espero que a morte dele não seja em vão, que sirva de chamada de atenção aos nossos actos, pois a falta de responsabilidade por parte de algumas pessoas pode culminar com grandes perdas, como esta.

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