O Director-geral do FIPAG, Pedro Paulino, reconheceu que, caso haja uma rotura nos Pequenos Libombos, as duas cidades poderão enfrentar graves problemas de água. “Tomara que isso não
aconteça; reconhecemos esta fraqueza, não obstante o facto de a Administração Regional de Água do Sul (ARA-SUL)tomar precauções para a gestão desse tipo de riscos”.
Adiante disse que há um projecto que está a ser desenvolvido para as duas cidades para que não sejam somente abastecidas pelos Pequenos Libombos e passem a receber água da fonte adicional da barragem de Currimane.
Um plano director foi feito, tendo se concluído que a reserva desta barragem seria a fonte viável para o abastecimento de água nos dois municípios nos próximos anos, para além de outras alternativas que serão implementados nos anos 2040 a 2050.
A barragem de Currimane, em termos de estrutura, poderá captar e transportar água bruta para a Estação de tratamento, localizada a dez quilómetros, dimensionada numa primeira fase em cerca de 60 mil metros cúbicos por dia, com a possibilidade de expansão para aproximadamente 120 mil metros cúbicos.
PRIVADOS CONTINUAM A ABASTECER
A Directora Nacional de Águas, Suzana Saranga, disse a nossa Reportagem que o Governo reconhece a existência de operadores privados como parceiros importantes no fornecimento de água à população, não havendo nenhum interesse em prejudicá-los. No entanto, serão envolvidos no plano estratégico do governo de abastecimento de água, estando em desenvolvimento um regulamento para licenciar os operadores privados.
Segundo soube o domingo, entre demais pontos, o regulamento vai prever a possibilidade de os operadores privados continuarem a exercer a sua actividade nos locais onde FIPAG não abastecerá devidamente.
“O documento está numa fase preliminar, no entanto apelamos a toda sociedade civil, operadores privados e outras individualidades interessadas para nos reunirmos no mês de Julho, do ano em curso, de forma a discutirmos a primeira versão do regulamento, o que nos permitirá conhecer as preocupações de cada operador,” esclareceu.
Sobre a vandalização da rede, que se regista no âmbito das obras de expansão da rede de distribuição de água em diversos pontos de Maputo e Matola, Suzana Saranga disse ser da responsabilidade do empreiteiro e do fiscal “e não uma acção programada pelo Governo, representado pelo Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) ”.