Para o arcebispo da Diocese dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, os tristes acontecimentos de Muxúngue devem ser expurgados da mente dos seus obreiros e chama a atenção para a
valorização da vida.
“A nossa principal mensagem é a de que apesar de toda problemática que nos rodeia temos que manter a identidade de moçambicano que sabe dialogar até ultrapassar as suas deferências, através do envolvimento de todos. Foi assim no passado, pelo que nada obste que assim seja agora”,afirmou Dom Dinis Sengulane.
Segundo defendeu, os que protagonizam actos de violência são uma minoria, razão pela qual há que convencê-los a abdicar da sua forma de agir.
“E isso é possível porque temos toda capacidade de dialogar. Aliás, o povo moçambicano é pacífico e trabalhador, pelo que aqueles que ainda têm dúvidas disso que se juntem à maioria que é pela paz, para o bem-estar do país”.
Em relação aos 38 anos da independência, afirmou que não fosse a guerra dos 16 anos e as calamidades naturais, o país estaria noutros patamares do desenvolvimento. “Tivemos guerras, calamidades naturais e outras realidades contrárias às nossas expectativas, mas fomos capazes de ultrapassar e cá estamos, pelo que os 38 anos de vida são um sinal de que podemos, de facto, manter a nossa identidade e levar Moçambique avante”.