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Incidentes de Muxúngwè não devem desestabilizar a paz

Por admin

O Presidente da República (PR), Armando Emílio Guebuza, diz que os ataques protagonizados pelos homens armados da Renamo, ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço entre

Save e Muxúngwè, em Sofala, não devem desestabilizar a paz. Guebuza negou que a mesma esteja ameaçada e considerou que os incidentes registados no centro do paísvisam testar a determinação dos moçambicanos na sua missão de preservação da unidade nacional e consolidação da independência.

 

O Chefe do Estado falava semana finda em Maputo, momentos depois de depositar uma coroa de flores no Monumento dos Heróis Moçambicanos pela passagem dos 38 anos da independência nacional e na ocasião garantiu ao povo que os incidentes serão ultrapassados.

“Não é porque houve um incidente aqui e acolá que vamos pensar e acreditar que em Moçambique já não há paz. O Governo permanece firme na sua determinação de pela via do diálogo encontrar respostas a estas questões. Não podemos ver em cada incidente ou acidente no percurso, como pondo em causa tudo o que é fundamental na perseveração da paz”,disse o PR. 

 

Guebuza reafirmou a sua prontidão em se reunir com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama e pede paciência aos moçambicanos. “Nunca me recusei a falar com o presidente da Renamo. Ele é que se escapa sempre”.

Tal como no passado, continuou, é necessário que haja indulgência e entrega abnegada de todos na solução dos problemas. “Eu estive dois anos em Roma e tive paciência. Todo o povo deve compreender que não se trata de alguém que age como nós gostaríamos que agisse. Uma pessoa que utiliza o povo como seu escudo, ameaça matando a população civil, já podem imaginar a complexidade do diálogo”.

 

Entretanto, Guebuza reconheceu que os moçambicanos continuam firmes no processo de reconstrução nacional, razão pela qual Moçambique, ao longo dos 38 anos da independência nacional, alcançou progressos assinaláveis em todas as esferas, tendo realçado que a guerra dos 16 anos protagonizada pela Renamo, retardou o ritmo do desenvolvimento desejado.

“Estamos concentrados essencialmente na reconstrução deste nosso belo Moçambique. Naturalmente, o percurso é longo e ainda não é chegado o tempo da liquidação da pobreza”,disse o Chefe do Estado, desafiando a todos a pautar pelo espírito de trabalho.

Salientou ainda que actos de violência contra a população indefesa, recordam os momentos difíceis vividos nas anteriores guerras, particularmente a de 16 anos que ceifou mais de um milhão de pessoas e destruiu diversas infra-estruturas sócio – económicas.

“No entanto, não há motivos para desesperarmos, porque este é um teste à nossa determinação de continuarmos unidos na batalha de acabar com a pobreza, rumo ao progresso”,frisou Guebuza.  

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