O fotógrafo norte-americano, Grant Lee Neuenburg, exibe desde a passada quinta-feira, até o próximo dia 20 de Julho, uma exposição de 33 obras. Intitulada Xilunguini (cidade), a mostra está
patente no espaço Nkulungwana, na Estação Central dos Caminhos de Ferros-de-Moçambique, em Maputo.
A exposição é uma contribuição de Neuenburg para uma linguagem em evolução de imagem fotográfica. Estas (imagens) são ricas e densas e, ainda, autónomas, revelando deste modo um mistério em cada tentativa de decifrá-las.
Segundo o fotógrafo, os simulacros são também memória cravada nas superfícies. E que há um olhar para a linguagem urbana do grafiti e paredes marcadas como uma amplificação do processo natural de deterioração material das coisas.
Neuenburg nasceu em Nebraska, Estados Unidos da América, em 1964. Formou-se em Jornalismo pela Universidade de Nebraska, em 1987. Trabalhou como copywriter, projeccionista de cinema, fotógrafo freelancer e cineasta.
Em 2002 foi co-comissário e co-editor do catálogo “Iluminando Vidas, fotografia Moçambicana 1950-2001, Ricardo Rangel e a geração futura”, tendo ainda produzido um curto vídeo conceptual.
Já realizou exposições como “Espírito de Sobrevivência”, sua primeira exposição fotográfica, com Ricardo Rangel, na Associação Moçambicana de Fotografia. A mesma foi exposta em Nampula e na Beira, em 1993.
A 4 de Outubro de 1995 exibiu “Moçambique, a Ópera da Paz”, exposição fotográfica com texto de Malangatana, por ocasião do terceiro aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz de Roma, no Centro de Estudos Brasileiros em Maputo. E em 1996 lançou “Life Goes On”, exposição apresentada no Museu de Arte de Pretória.
Refira-se que Grant Lee, está radicado em Moçambique desde 1992, e fotografa superfícies que foram esfregadas, rasgadas, arranhadas, enferrujadas e apodrecidas.
