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Exposição retrata fenómeno engarrafamento

Por admin

“Hora de Ponta I” é o título da exposição conjunta dos artistas plásticos moçambicanos Gemuce e Félix Mula, patente até o dia 30 de Maio corrente no espaço de Centro Cultural Franco – 

Moçambicano, na cidade de Maputo.

Com oito obras, das quais quatro de pintura, quatro fotografias, a exposição tem igualmente uma instalação conjunta que  retrata a situação do tráfego que a cidade de Maputo vive à hora de ponta.

 

Segundo os autores, a exposição que foi preparada durante um ano reflecte o cenário do crescente congestionamento e que faz com que os carros sejam estacionados nos passeios não deixando espaço para peões. E, os peões usam a estrada para circular, correndo desta forma, o risco de serem atropelados.

As pinturas de artista Gemuce evocam a velocidade exponencial do desenvolvimento económico do país. Dos carros que diariamente vão aumentando na via pública, não havendo presentemente projecto estratégico para mitigar a situação do engarrafamento.

“O crescimento do parque automóvel na capital do país é uma realidade. As  mais de 120 mil viaturas que circulam nesta cidade disputam estacionamento em cerca de nove mil espaços existentes nos parques e noutros locais livres, entre passeios centrais e os delimitados para o efeito”, afirmaGemuce.      

Gemuce  avança algumas alternativas como o uso de Tchopelas, motorizadas, bicicletas, construção de auto-estradas e reabilitação de algumas ruas principais para aliviar a constante dor de cabeça dos automobilistas.

Para Félix Mula, que também expõe, a massificação do consumo e o desenvolvimento de tecnologia ocasionam nos cidadãos uma confusão de referência, ao ponto de perder o domínio da sua realidade primitiva que é o uso de transportes públicos.

“Ultimamente com a falta de transporte de passageiros semi-colectivo, a população é obrigada a viajar nas carinhas de caixa aberta para chegar ao local destino. Entretanto, nesta exposição procuramos materializar as opiniões da sociedade civil em volta desta situação”, defende Félix Mula.

Os autores defendem ainda que o fenómeno que torna a capital do país num caos e cria descontentamento no seio dos pedestres é que para além de se confrontarem com situações de contentores de lixo que bloqueiam as passadeiras, também veem-se obrigados a dividir o pequeno espaço que sobra com carros que, na sua maioria, são mal estacionados.

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