– Vovó Maria Paulo, de 62 anos
A palavra marhandza está na boca do povo. De tanto ser matéria de debate e chacota, sobretudo nas redes sociais, ganhou, inclusive, uma definição oficial, cuja acepção encerra-se em “mulheres que se envolvem com homens por dinheiro as que traem os maridos ou namorados”. Mas nesta vida mal resolvida, há também homens que se arriscam nessa empreitada, encostando-se em mulheres, com a finalidade de conseguir vidas largas.
Sim, este foi o motivo que levou o jornal domingo até à vovó Maria Paulo, de 62 anos, residente no bairro de Laulane, a afirmar que “os homens são culpados pela existência de marhandzas”. É que para ela, não fosse a disponibilização de valores monetários e o luxo ilusório que é esfregado na cara das vítimas, menina nenhuma cairia na fita. Pior de tudo, lamentou a vovó, trata-se de relações em que mais se perde do que se ganha: “a menina fica desgastada e desgraçada. Esses homens só se querem aproveitar dela, fazem de tudo para que ela não se afaste da relação, comprando-a. Mas quando se fartam, acabam com tudo e fazem outras vítimas: outra marhandza cai na armadilha”. Mas, uma vez que o vento que venta lá, venta cá também, conforme o referido, homens há que também se atrelam em parcerias estratégicas e buscam mulheres cheias da mola (dinheiro), para navegarem em boas marés.
Vovó Maria coloca o dedo no gatilho e acerta nesses marandzos, ao afirmar que “homem que faz isso morre molwene. E é vergonhoso”. Já a terminar, apela aos homens e às mulheres para que levem a vida de forma honesta, formem famílias e sustentem-nas com sabedoria,“deixando de lado a mania de querer viver bem à custa dos outros”.