Nasceu em Inharrime, província de Inhambane, mas cedo foi a Cabo Delgado e lá cresceu, antes de entrar na Rádio Moçambique, em 1975. Edmundo Galiza Matos acaba de regressar àquela província nortenha, muito precisamente ao distrito setentrional de Palma, onde, dentre alguns projectos que a reforma sugeriu, voltou a uma rádio. Sabem qual? Comunitária!
Em entrevista exclusiva ao domingo um dos nomes sonantes e decano do jornalismo moçambicano confessa: Renasci!
Perguntámo-lo da razão porque rumou de novo para o extremo norte do país e, logo, para uma rádio comunitária:
O projecto da Rádio Comunitária abriu em Abril do ano passado, apoiada pela petrolífera Anadarko em termos técnicos, equipamento, mas tudo o resto, incluindo o recrutamento do pessoal esteve sob a responsabilidade do governo distrital. Eu tenho estado a ajudar em termos, sobretudo, na produção de conteúdos, falo de programas de toda a espécie. Quando a petrolífera alarga o seu apoio à produção de conteúdos e a formação dos jovens que, diga-se, muitos deles nunca tiveram o contacto com rádio, microfone, sei lá, tal como foi no nosso tempo quando entrámos para a profissão. Então, eu ofereço-me.
Edmundo diz que o projecto lhe cativou, negando a nossa insinuação de que tivesse terrenos por lá, como muitos cidadãos que correram para Palma logo que as buzinas dos hidrocarbonetos tocaram…