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O nosso compromisso é minimizar atrasos aos jogos

Por admin

– Ananias Couana, presidente da LMF, fazendo o balanço das primeiras sete jornadas do “Moçambola” 2017

 

O Presidente da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), Ananias Couana, admitiu ao domingo que o atraso de chegadas das delegações desportivas aos locais dos jogos do Moçambola tem retirado algum brilho a prova, centrando atenções dos seguidores da mesma em detrimento do espectáculo que acontece nas quatro linhas, o qual, nas suas palavras, tem sido formidável.

Disputadas sete jornadas do Moçambola, alguns treinadores das equipas envolvidas tem justificado suas derrotas como resultado dum alegado cansaço de seus atletas devido a chegadas nas vésperas dos jogos, mormente na cidade de Maputo.

O treinador do Ferroviário de Nampula, Arnaldo Salvado, chegou a sugerir a colocação de balizas nos aviões e jogar-se lá dentro, depois de perder com a Liga Desportiva de Maputo no mesmo dia que desembarcou na capital do pais.

Já tinha protestado logo na primeira jornada, quando pernoitou com seus atletas no aeroporto esperando por um avião para Maputo, donde seguiria de autocarro para Vilankulo.

Clubes como União Desportiva do Songo e Textáfrica do Chimoio também se queixaram de “tratamento diferenciado” e o Maxaquene e UP de Lichinga acordaram trocar o jogo inicialmente marcado para Niassa para Maputo, por causa de indisponibilidade de transporte aéreo a tempo do jogo.

Face aos protestos, Ananias Couana refere que contrariamente ao desejo da LMF, tem se registado alguns atrasos das delegações desportivas aos jogos do “Moçambola”, por motivos operacionais do seu parceiro, Linhas Aéreas de Moçambique, o qual, certas vezes enfrentou dificuldades para cumprir com os horários programados.

“As LAM estão a trabalhar para ultrapassar a situação, que ditou a alteração de horários de alguns jogos ou mesmo a ordem de realização, mediante um entendimento alcançado entre os clubes com a devida articulação com a Liga Moçambicana de Futebol”, disse.

Alguns clubes reclamam o facto de a LMF não facilitar-lhes o adiamento ou alteração dos horários dos jogos. Couana clarifica que o adiamento ou remarcação dum jogo não depende exclusivamente do entendimento entre os clubes envolvidos. É necessária e indispensável a anuência da Liga Moçambicana de Futebol na qualidade de organizador da prova, pois é o órgão que gere a logística das viagens dos clubes.

– Aqui é importante considerar sempre os horários indicados para os voos de regresso e a disponibilidade de aviões em determinadas datas. Estamos empenhados com os clubes no sentido de garantir chegadas em tempo útil aos locais dos jogos. Felizmente alguns clubes já estão sensibilizados e organizam-se para essa situação.

TEMPOS DE SACRIFÍCIOS

Recentemente, certos clubes optaram por viajar por autocarro em trajectos inicialmente programados para via aérea fazendo ligação em Maputo. É o caso do Ferroviário da Beira, que viajou a Chibuto de autocarro, podendo fazer o mesmo quando for jogar em Vilankulo.

Ananias Couana revelou que a LMF vai capacitar dirigentes dos clubes para apoiarem na logística de suas equipas, interagindo directamente com a LAM para a realização de reservas e emissão de passagens, tarefas actualmente exclusivas da LMF.

Pensamos que com o envolvimento directo dos clubes neste processo vai reduzir significativamente alguns constrangimentos e melhorar ainda mais a nossa articulação. 

Tal como referiu, seria possível chegar a acordo com a LAM para um determinado clube viajar numa quarta-feira para jogar domingo, mas os próprios clubes reclamam falta de orçamento para cobrir despesas de alojamento e refeições e treinos fora da sua cidade, sabido que a Liga paga apenas por dois dias o hotel.

Ananias Couana lembrou que no presente ano o calendário do “Moçambola” é atípico, em virtude de estarem reservados pela Federação Moçambicana de Futebol dezasseis fins-de-semana para jogos da Selecção Nacional de Futebol.

Para fazer face a esta situação, a Liga Moçambicana de Futebol programou jogos a meio da semana, tendo já realizado uma jornada, faltando cerca de dez. O cenário complica ainda mais a gestão dos clubes.

– Este calendário foi apresentado e discutido em Assembleia Geral e é do conhecimento dos clubes filiados à Liga Moçambicana de Futebol, que transmitiram aos respectivos técnicos para uma melhor preparação. O nosso desejo era iniciar o campeonato relativamente mais cedo, mas tal não foi possível por razões devidamente conhecidas. Continuaremos a trabalhar para que próximo ano o Moçambola inicie efectivamente no mês de Fevereiro.

O dirigente exortou a todos agentes para saberem lidar com o momento actual, o qual, “exige de todos nós sacrifícios e queremos aproveitar esta ocasião para apelar ao mais alto sentido de ponderação a todos agentes desportivos, com confiança de que a situação vai melhorar”.

Texto de Custódio Mugabe
custodio.mugabe@snoticicas.co.mz
 

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