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2014 deve ser o ano da paz e desenvolvimento

Alguns cidadãos entrevistados em Gaza querem que o novo ano seja marcado pela pacificação, desenvolvimento social e económico com particular destaque para a promoção qualitativa dos serviços de saúde e da educação.

Destacam que o ano transacto foi manchado por cheias, ataques armados na zona de Muxungwe, província de Sofala, impasses no diálogo entre a Renamo e o Governo bem como pelo acidente aéreo que envolveu a aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

Maurício Zitha, 36 anos, natural de Xai-Xai, espera que o ano 2014 traga maior liberdade de circulação de pessoas e bens dentro do país uma vez que se vive, neste momento, uma paz relativa que prejudica alguns moçambicanos.

 Na sua óptica, o retorno a guerra “em nada vai beneficiar a nação moçambicana, seria bom que se tomasse seriamente o ciclo do diálogo entre o Governo e a Renamo, porque só desta maneira podemos projectar o desenvolvimento social e económico do país”.Maurício Zitha disse ainda que gostaria de ver o país a edificar cada vez mais as infra-estruturas sociais e económicas bem como a criar mecanismos de promoção de auto-emprego para os jovens que terminam as suas formações académicas e profissionais.

Por seu turno, Rafique Martinho, 32 anos, considera que as cheias, os ataques de homens armados em Muxungwe, o impasse no diálogo entre o Governo e a Renamo, foram os aspectos negativos que retrocederam a marcha progressiva de Moçambique. “São aspectos que negativamente levaram o país para trás”. Rafique Martinho sugere que haja maior seriedade na governação do país, privilegiando-se o diálogo construtivo nas negociações entre o Governo e Renamo como uma forma de se fortificar e consolidar a unidade nacional entre os moçambicanos.

“Esperemos que o processo democrático se consolide mais em Moçambique, sobretudo, neste ano em que se vão realizar as eleições gerais e multipartidárias”frisou Rafique Martinho.

Juvenalia Inês Maluleque, 29 anos, por seu turno, defende que só com a paz é que “podemos criar condições favoráveis para o aumento dos níveis de produção e de produtividade em várias áreas socioeconómicas”.

Aponta como principais desafios a considerar, a melhoria qualitativa do ensino que deve acompanhar a expansão da rede de ensino em diferentes níveis em Moçambique. “Há muitas escolas, mas, em contrapartida, não existe qualidade”, defende Juvenalia Maluleque.

Nelson Alexandre Manhiça diz que o acidente aéreo que envolveu a aeronave da LAM foi para si, a pior evidência dos aspectos negativos que marcaram 2013. Mesmo assim, considera que, apesar de o país registar crescimento económico, os níveis de pobreza ainda são visíveis na maioria dos moçambicanos.

 “ Sinto que o crescimento económico que se regista ainda não alivia muitos moçambicanos que se encontram ainda muito pobres”, defende Nelson Manhiça. Para ele, 2014 devia ser o ano de trabalho redobrado que possa fazer com que os moçambicanos saiam da pobreza em que se encontram.

Artur Saúde

 

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